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quarta-feira, abril 11, 2001
Hoje se faz completo um mês desde que o dia 11 de março se foi.
Não digo que sinto falta desse dia, me poupo de auto-condolências, pois o tal também foi cercado de horripilâncias (se é que tal palavra existe), mas por outro lado posso com certeza dizer que há algo a ser comemorado. Ainda me custa tirar o sorriso da boca, cada imersão na tal alma me revigora, me dá força para encarar os próximos dez dias de travessia nas águas rubras e em suas marés de angústia. Hoje foi mais um dia desses, não tive ânimo nem pra assistir aulas, tomado de surpresa assim tão cedo, ainda com tanta lembrança pra saborear. Lá se foi meu humor e meu estudo por água abaixo. A segunda aula do dia já começou fazem 5 minutos, e estou absurdamente trancafiado, com vontade de só abrir a porta, a mão, o rosto, para uma criatura. Por mais contrastante que seja, eu gostaria de que a tal viagem acontecesse esse fim de semana, eu poderia me tranquilizar, estudar, pensar. Regras estão aí, me refestelo, me resumo a observá-las em sua dissonante harmonia. Segurança, as regras, em cada súbito golpe, carcomem, as regras, as coisas, solfejando, suplicando, em regras, em coisas, as sigo em voltas, obedeço, torço, torço, crio, as regras. O que fazer ? Espero da ressureição somente seu término, e da lua me basta que, nova, desapareça, pois tudo que penso agora é na próxima cheia, em minha pequena, em suas marés solenes e autocráticas.
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