a queda lenta
suave
doce
mística
das folhas secas

é no mais
de tudo em si
intrínseca

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dança rouca, em sua descida
onde no ar, o tato sublime,
a pele encontra


e alquebrando a fina
crosta-corpo
carcomendo a plena secura

em díspares espirais
o vento nela decreta
e quebra...

...a queda lenta
suave
antiga
sábia
da folha morta

é rouca, seca, dura, torta !

O tempo-vento é agente
amigo indecoroso,
algoz agudo da película

salta só, sem pena. puro entardecer.


Sou grato ao outono,
que duas vezes por ano
uma em cada ingrato canto
Derruba juntas as folhas, e as concede
no solo o abraço último daquelas
que em galhos distantes
sonharam um dia
com a fertilidade das flores.

Resta agora decidir, esperar sua chegada, ou ir de encontro ?

Suma ! 
[19:57]