Ideia, muda
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terça-feira, agosto 07, 2001

 
(texto cru - sujeito a revisão ortográfica)


O injusto dissabor da derrota me é enfiado goela adentro como que a febre contundente e perene cortando ainda o cenho firme das palavras. Vociferar pareceu ser a solução, mas sem dor me foi entregue algo ainda maior.

O olhar recai de novo em meus ombros, e o peso morto das palavras me é natural.
Nos dias, ser taciturno pareceu também assim, natural.

Elas, em sua própria volta, perfazem com mostra, sutil exemplo do erro maior. O passo em falso, tal qual o reitor míope, julgara os seus sem ao menos saber como se chamam.


Da vida sobram outros tantos. Sobra a força enorme da satisfaçao, da perfeita imensidão, do amplexo sagrado.
Força que sustenta todo o banal, como faz também o pilar estreito de um brinquedo. Existem sim, coisas nessa terra que podem ainda ser coladas com cola plástica. Das outras se mostra preciso o uso de outra ferramenta.

Amargando cada absurdo aqui proferido, suando em bicas minha própria inexatidão, posso concluir tranquilo que, do puro prazer nada mais se aproveita senão o finito intervalo em que o mesmo confortavelmente se adequa.

Ao tempo, sou grato.



Começa o meu semestre, depois de um ou outro problema no departamento, resquício ainda dos impropérios de professor Pitombeira, pude fazer minha matrícula. Ainda não me decidi, mas acho que vou cursar quatro matérias do departamento esse período e isso significa carga muito pesada.

Alguns dias são dignos de registro, pena que já faz um tempo que não escrevo por aqui, algumas coisas já estão meio turvas na memória.



Sexta-Feira, dia 13.
Saio do Anima Mundi com Márcia. Eric nos deixa na casa dela.
Como na ocasião eu estava prestes a morrer de fome, convenço Márcia que o ideal é invadir a casa da Beth, que mora apenas 3 andares de distância, e aproveitar um tanto do cachorro quente que eles estão prestes a preparar.
Primeira vez que vou a casa da Beth, a mãe dela estava viajando na ocasião com os irmãos mais novos, de modo que na mesa so estavam eu, Beth, Márcia, Vinicius e Arthur.
Assim que terminamos de comer, tenho o prazer de conhecer o pai da Beth, que pelo que me lembro estava voltando de um chopp com seus alunos.



Segunda-Feira, dia 23
Minha mãe parte para New Jersey, para marcar finalmente a data da defesa de tese. Vou com Ricardo até o aeroporto e volto de carona pra casa.
Me esqueço do jogo do Brasil e marco com os meninos na sessão das 22:00 do cinema Leblon.
Assisto a pérola Jurassic Park III .
Saio do cinema aos 44 minutos do segundo tempo do infame Brasil x Honduras. Chove bastante na minha cabeça. Confiante no meu sobretudo e de certa forma ansioso pela decisão do jogo, fico no Clipper assistindo aos derradeiros 5 minutos de acréscimos concedidos pelo piedoso juiz da peleja. Desgostoso do que vi, agradeço pode ter estado trancado no cinema durante o jogo. Ao chegar em casa, telefono pra Márcia. Seu Wellington, pai de Beth, falecera. Troco de camisa, visto de novo o sobretudo, entro num taxi e rumo direto ao São João Batista, onde o corpo estava sendo velado.
Minhas esperanças de poder passar por esse mundo sem ter comparecido a enterro algum vão por água abaixo.

Semana, dia 24-26
Fico acampado na casa da Beth, onde desenvolvo uma dor de garganta ferrenha.
Tenho a oportunidade de conhecer então todos os irmãos da Beth, assim como alguns dos familiares.
Na madrugada do dia 27, descubro na internet que não peguei meu histórico no dia que deveria, porque li errado quando vi a data na primeira vez. Pra piorar a matrícula estava marcada pros dias 26 e 27, por pouco não perco.

Sexta-feira, dia 27
Com febre, sou obrigado a correr na PUC e tentar pegar meu histórico. Chego cedo demais e sou obrigado a esperar o horário de abertura da secretaria do departamento. Recebo meu histórico e sou surpreendido com um grau zero em Introdução à Análise. Começo uma novela para correçao de grau, já que a nota correta é 8.5. Por conta disso, meu CR do período cai para 2.5, o que me prejudica severamente na ordenação geral. Conclusão, tenho que aguardar até 11:30 na faculdade, para escolher minhas matérias.
Enquanto isso, Chris, que resolvera me fazer uma visitinha, está me esperando em casa. Eu disse pra Carla que não me demoraria.
Faço minha matrícula, mas ainda terei que fazer DE/PARA, já que o sistema não me deixaria ingressar no curso de Análise I se consta uma reprovação em Introdução à Análise. A essa altura, Chris aparece na PUC.
Vou com meus papéis de volta ao departamento, para dar entrada em meu pedido de monitoria. Sou obrigado a esperar mais um tanto, já que é horário de almoço.
13:30 - Vou até a secretaria e descubro que não trouxe o meu documento CPF. Volto pra casa.

Semana, dia 28 e 29.
Ardo em febre. Márcia passa um tempo aqui em casa, tomando conta de mim, e acaba adoecendo também. No madrugada de sábado pra domingo me lembro que preciso substituir minha mãe no Colégio Rio de Janeiro nos dias 30, 31 e 1.

Domingo, dia 29
Passo o dia tentando reduzir a febre e estudando exponenciais para o primeiro ano e cônicas para o terceiro. Agradeço aos céus que a matéria do segundo ano é determinantes.

Semana, dia 30, 31 e 1
Tudo corre bem, acordo sem febre na segunda e consigo resolver tudo. Inclusive meus documentos na PUC.
Dando 15 horas de aula, acabo de vez com minha garganta
Na segunda, começo a dar aulas para o Bruno, que tem tudo pra ser um bom aluno.

Sábado, dia 4
Mila veio ao Rio, visitar uns amigos de chat. Aproveito a ocasião para conhecê-la pessoalmente. Como eu suspeitava, uma pessoa encantadora.



Segunda, hoje.
O calendário do computador já está marcando terça, mas tudo bem.
Minha mãe voltou de viagem no domingo, mas só consegui encontrá-la hoje a noite. Expliquei o que foi dado em sala de aula. Pelos comentários dela, parece que eu agradei. Espero que sim.
Dei hoje uma segunda aula pro Bruno, basicamente sobre parábolas e conceitos básicos de mecânica.
Preciso dar as caras na lista do 13.
 

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