Chegando de viagem. (post escrito dias atrás, mas o blogger estava fora do ar, como sempre)

Aqui está um tanto quanto quente, já li que a Mangueira venceu por um décimo o desfile , essas coisas. Posso dizer que me diverti bastante em Curitiba, conheci lugares e pessoas interessantes e, de um modo geral, aproveitei um bom descanso.
Terminei de ler o livro do Bandeira sobre as navegações e engatei direto no 1984. O segundo bateu meio pesado em meu estômago e depois que o terminei passei boa parte da noite deitado no sofá olhando a chuva cair na janela do teto da "cabana".
(Fico tentado a chamar aquilo de clarabóia, mas é uma janela no teto mesmo, nem mais nem menos.)

É estranho ver que uma vez longe do teclado, a vontade de escrever aumenta, como que castigando-me por todas as coisas que ainda não escrevi, mas deveria. Cheguei em casa ontem escapando por pouco do aguaceiro em São Paulo, troquei umas palavras com meu pai e sentei no computador ainda com a vontade de escrever algo. Baixei centenas de emails e fui metodicamente lendo tudo que parecia interessante, mergulhando sem perceber no marasmo a que eu havia me imposto antes de viajar. Permeado de mesmice, fui deitar sem escrever uma linha sequer além das tediosas mensagens de "cheguei" ou "fiz a barba". É tão óbvio e ao mesmo tempo tão difícil de se executar. Preciso da vida mais do que nunca e, mesmo assim, mergulho um sem-número de vezes nessa mediocridade que atafulha sem pena a vazão produtiva. 
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