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sábado, janeiro 17, 2004
Depois de uma interessante discussão com Cláudio acerca de um problema lógico que fez fama entre meus colegas no semestre passado, meu irmão trouxe à tona um interessante problema de direito que gira em torno, justamente, de uma entidade metafórica batizada de camelo processual. Logo que ele começou a descrever as origens do termo, me perguntei se ele não conhecia isso como o problema dos camelos do Malba Tahan.
O fato é que ele não conhecia mas, a bem da verdade, não é exatamente o mesmo problema, já que no "O Homem que Calculava", Beremiz termina a contenda faturando um camelo e não posso imaginar que tipo de discussão digna sobre direito dar-se-ia em cima de uma fábula onde o conciliador termina com parte dos bens partilhados. As diferenças terminam aí, todo o resto é bem parecido: Um errante se habilita a ajudar três irmãos na partilha de uma herança de X camelos. O errante, como que não quer nada, acrescenta o seu camelo à partilha e, para surpresa dos herdeiros, a divisão com X+1 camelos se dá sem maiores problemas. E mais, sobra justamente um camelo, o tal camelo processual, que volta para as mãos do sábio apaziguador. ( Na estória de Malba Tahan sobram dois, daí o disparate ) Nos comprometemos a trocar os textos, já que eu gostaria de ler o artigo sobre o camelo processual e meu irmão, por sua vez, demonstrou interesse na versão de Malba Tahan. Isso feito, cá estou eu praticando a tão famosa "leitura diagonal" num artigo de 48 páginas de onde destaquei referências no mínimo curiosas à Gödel e Wittgenstein. Coincidência pouca é bobagem.
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