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segunda-feira, fevereiro 09, 2004
jogar sal em lesma,
catar barata d´água pra usar de isca, mergulhar pelos fundos da casa, tacar fogo em carrapato com a lupa, andar na pedra até queimar o pé, jogar gude com o vizinho e perder sempre. do cheiro de verniz guardado que exalava do bar aberto, de terra molhada e de terra seca, de maré limpa subindo e água suja descendo, do jamelão estragando no chão, do churrasco na casa dos outros, do cimento fresco no balde subindo corda acima. olhar a chuva descendo em cascata pedra abaixo, o cachorro cavando buraco na areia, a mãe corrigindo prova na mesa perto da janela, as luzes do túnel fazendo sombra no meu reflexo, o pai fumando cachimbo, as ondas quebrando na pedra. de ouvir o eco por baixo do elevado, do cão uivando pra mim, das portas rangendo, do bêbado berrando com o carrinho de mão, do estalar das telhas sobre meus pés, da concha colada no ouvido.
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