Sete e trinta e cinco da manhã - muito antes de quando eu pretendia acordar - toca o telefone.
Atendo esperando o pior, a essa hora ou é notícia de morte ou alguém que definitivamente não conhece meu jeito de ser resolveu me acordar de propósito.
Ninguém morreu, mas parece que precisam de mim para as Classes de Apoio de Abril. Algo me diz que minha promessa de evitar ensinar Física a todo custo vai por cair por terra. Em todo caso, ligo ainda hoje pra lá pra descobrir o que me espera, posto que nesta manhá não reinavam as condições suficientes para a comunicação humana e só me lembro de ter disposto esse ou aquele dia da semana em tais e tais horários.

Se existe uma estratégia ótima no jogo "Agrade o Will", tenho certeza que ela inclui não telefonar antes das nove. Aliás, vou tentar vender essa idéia para os clientes do meu pai.

 
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